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Apple despede trabalhadora por apagar ficheiros do seu equipamento de trabalho - ela era responsável por site de denúncias #AppleToo

Apple despede trabalhadora por apagar ficheiros do seu equipamento de trabalho - ela era responsável por site de denúncias #AppleToo
Eric Thayer/Getty Images

Janneke Parrish apagou as aplicações Robinhood, Pokémon GO e Google Drive

A Apple despediu uma das líderes do #AppleToo, o movimento que denúncia a cultura de trabalho dentro da gigante tecnológica. Segundo o site The Verge, Janneke Parrish teve o seu contrato terminado por ter apagado ficheiros dos seus equipamentos do trabalho, incluindo as aplicações Robinhood, Pokémon GO e Google Drive.

O despedimento acontece num momento em que a empresa está a tentar reprimir fugas de informação. A Apple considerou que a gestora de programa da Apple Maps agiu em "não conformidade" durante a investigação interna.

Janneke Parrish é uma das líderes do movimento #AppleToo. Em agosto, os funcionários da gigante tecnológica lançaram o site que permite aos trabalhadores da empresa denunciarem situações de assédio e discriminação no local de trabalho. Janneke e Cher Scarlett, uma engenheira de software da marca, começaram posteriormente a partilhar as denúncias numa página na plataforma Medium.

Scarlett está atualmente de licença médica devido ao assédio interno de que foi alvo por defender o trabalho remoto e transparência quanto aos ordenados pagos. A empresa proibiu os inquéritos internos promovidos por trabalhadores que têm defendido equidade salarial.

Este não é a primeira vez que um funcionário é despedido por falar sobre a cultura interna da empresa. No mês passado, Ashley Gjøvik foi demitido por alegadamente ter divulgado informação confidencial. Gjøvik fez várias queixas na NLRB (uma agência federal dedicada a proteger os direitos dos trabalhadores do sector privado) contra a forma como a Apple trata os seus trabalhadores.

Numa delas, afirma que o memorando interno enviado pelo Tim Cook aos trabalhadores em setembro infringe a lei laboral dos EUA. No documento, o CEO afirma que os trabalhadores responsáveis por fugas de informação "não pertencem" à Apple e que a empresa está "a fazer tudo o que está ao seu alcance para identificar as fontes das fugas de informação".

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