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Twitter (Foto: Getty Images)

Twitter divulga resultados de estudo sobre algoritmos e revela que tecnologia amplifica conteúdos de direita (Foto: Getty Images)

O Twitter encomendou um estudo para entender a atuação dos algoritmos da rede social e saber como a tecnologia pode causar “danos não intencionais”. A tentar identificar as tendências políticas das recomendações de conteúdo, descobriu que os algoritmos amplificam postagens políticas mais voltadas para a direita.

A análise do estudo levou dois fatores em conta: se a linha do tempo com o algoritmo ampliava o conteúdo político de autoridades eleitas e se alguns grupos recebiam uma quantidade maior de amplificação de postagens.

A pesquisa usou tweets de veículos de notícias e autoridades de sete países: Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos. Em seis deles, constatou a amplificação de conteúdos de direita em relação ao da esquerda. A exceção é a Alemanha.

Desde 2016, o Twitter permite que o usuário escolha entre ver os tweets ordenados por algoritmos primeiro na linha do tempo ou conferir as postagens mais recentes em ordem cronológica reversa. Para quem escolhe o feed elaborado pelos algoritmos, ficou claro que os tweets relacionados a posições de direita foram mais amplificados que os de direita, explicou a empresa em nota.

A empresa explicou ainda que a definição sobre o que era "de direita" e "de esquerda" foi feito por organizações independentes, e não pelo próprio Twitter.

O Twitter diz não saber porque essa amplificação acontece. Para a cientista de dados Rumman Chowdhury, chefe da equipe de machine learning, ética, transparência e responsabilidade da companhia, parte disso pode ser justificado pelas próprias ações dos usuários. “É apenas importante que compartilhemos essas informações com o público”, afirmou ela ao Protocol.

A empresa disse que tornar esses dados públicos pode ajudar a conscientizar sobre os impactos do uso das redes sociais e das tecnologias. “Esperamos que nossas descobertas contribuam para uma discussão sobre o papel que esses algoritmos desempenham na formação do consumo de conteúdo político na internet”, escreveu o Twitter no comunicado.

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