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Jerónimo Martins afunda 13% após saída de acionista. Atira bolsa de Lisboa para o vermelho

A bolsa de Lisboa até começou o dia em terreno positivo, com ganhos ligeiros, mas a queda acima de 11% da Jerónimo Martins penalizou o índice, que inverteu para terreno negativo.

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Cátia Rocha catiarocha@negocios.pt 16 de Novembro de 2021 às 08:12
A sessão até arrancou positiva em Lisboa, com ganhos ligeiros, mas o PSI-20 acabou por inverter o sentido passando a terreno negativo. A queda de 13% da Jerónimo Martins está a pesar, com o índice de referência nacional a cair 1,61% para 5.686,52 pontos. 

A retalhista está a ceder para 19,15 euros por ação, no seguimento da decisão do segundo maior acionista da Jerónimo Martins vender toda a posição que detinha. A Asteck, que pertence a uma holding do setor petrolífero, vendeu a investidores institucionais 31.464.759 milhões de títulos.

A alienação foi feita a 19,75 euros por ação, o que correspondeu a um total de 621,42 milhões de euros e a um desconto de 8,6% face
à cotação de fecho desta segunda-feira (21,61 euros). Este tinha sido um máximo histórico, que resulta do rally que os títulos têm vivido na bolsa de Lisboa e que poderá ter levado a Asteck a vender, realizando assim mais valias.

A empresa com sede no Luxemburgo entrou no capital da dona do Pingo Doce em 2007, tendo comprado parte da posição que era até então detida pelo BPP. A Asteck chegou a deter uma participação de 10% na retalhista, mas em 2013 já tinha vendido parte das ações, na altura a menos de 17 euros a cada título.

Até agora, este era o segundo maior acionista, depois da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, que controla 56,14% do capital. Após a operação (e não sendo ainda conhecido o comprador da posição), a estrutura acionista passa a contar com a JP Morgan Asset Management (com 2,35% do capital), a Comgest Global Investors (com 2,06%) e a T. Rowe (com 2,04%), enquanto 32,41% das ações estão dispersas em bolsa e em ações próprias.
No seguimento da mudança na estrutura acionista da Jerónimo Martins, três casas de investimento emitiram notas de research sobre a empresa, sendo que nenhuma fez qualquer alteração. A PKO BP Securities manteve o preço-alvo inalterado em 20,90 euros por ação com recomendação de "comprar". Esta recomendação é partilhada pela Bestinver Securities, que vê as ações nos 20 euros dentro de 12 meses, tal como a Exane BNP Paribas. Este último recomenda, no entanto, aos clientes uma posição neutral face à exposição aos títulos.

O preço-alvo médio dos 29 analistas que seguem as ações aponta para 18,65 euros, o que lhe confere um potencial de desvalorização de 3,2%. Destes, 10 recomendam a compra, 16 a manutenção dos títulos e apenas 2 sugerem aos clientes que vendam.

Lisboa contraria Europa a verde
Ainda no retalho do PSI-20, a Sonae está a desvalorizar 0,67%, mas os títulos da dona do Continente mantêm-se acima da fasquia de um euro, neste caso nos 1,04 euros por ação. Nota ainda para a Novabase, que cede 1,05% para 4,70 euros por ação. 

Do lado dos ganhos, a Semapa está a liderar, valorizando 2,14% para 12,40 euros, seguida pelo peso-pesado Galp, que valoriza 1,02% para 8,91 euros. O BCP está a valorizar 0,44%, com as ações do banco liderado por Miguel Maya a cotar nos 0,16 euros.

Na energia, as cotadas do grupo EDP estão divididas: enquanto a EDP Renováveis está a valorizar 0,79% para 22,9 euros, a casa-mãe está em terreno negativo, caindo 0,06% para 4,84 euros.

Nota ainda para a Greenvolt, que começa a sessão a valorizar 0,3% para 6,61 euros, num dia em que apresenta contas do trimestre após o fecho do mercado. Numa apresentação a investidores, atualizada em outubro, a empresa líder de biomassa em Portugal reiterou a previsão de crescer cerca de 40% até 2025, em termos de lucros e do EBITDA. No primeiro semestre, a companhia lucrou um milhão de euros. Na quinta-feira será a vez de a casa-mãe, a Altri, divulgar contas.

Nesta altura, o índice lisboeta é o único que está a negociar em terreno negativo entre as principais praças da Europa. Os investidores vão estar de olho em indicadores macroeconómicos, já que serão divulgados dados sobre a evolução do PIB da Zona Euro no terceiro trimestre.


(Notícia atualizada)

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