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OMC alerta: Escassez de matérias-primas ameaça retoma do comércio mundial

Conclusão é de um relatório divulgado esta terça-feira pela Organização Mundial do Comércio. Procura pós-pandemia pode ter prejudicado capacidade do transporte marítimo e das cadeias de abastecimento, mas a OMC sinaliza que a recuperação do comércio acelerou.

Andrey Rudakov/Bloomberg
Joana Almeida JoanaAlmeida@negocios.pt 16 de Novembro de 2021 às 22:01
As trocas comerciais a nível mundial vão continuar a aumentar até ao final do ano. A conclusão é de um relatório divulgado esta terça-feira pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que alerta, no entanto, para o risco de a escassez de matérias-primas e a travagem no transporte marítimo penalizarem a retoma do comércio mundial.

"Embora a recuperação acentuada e inesperada da procura em muitos países – devido aos gastos dos consumidores e estímulos fiscais e monetários – possa ter prejudicado a capacidade de transporte marítimo e as cadeias de abastecimento, a recuperação do comércio acelerou" este ano, lê-se no relatório da OMC sobre a resiliência do comércio mundial

Depois de se ter registado uma queda de 5,3% em 2020, a OMC prevê que o comércio de mercadorias registe um crescimento de 10,8% este ano, consolidando-se assim o regresso a valores pré-pandemia. Também o comércio de serviços, que foi "desproporcionalmente devastado pela covid-19", dá "sinais provisórios de recuperação".

A OMC indica que, apesar de a covid-19 ter provocado uma "crise sem precedentes" no comércio, "não o desmantelou totalmente" nem provocou um "colapso sistémico em grande escala, como muitos tinham inicialmente previsto e temido". 

"Após uma forte contração no início da pandemia – à medida que os países procuravam conter a propagação da covid-19 com confinamentos, fecho de fronteiras e restrições de viagens – os fluxos comerciais recuperaram, as cadeias de abastecimento estão a adaptar-se e a economia mundial está a começar a recuperar", nota, sublinhando que essa recuperação está a ocorrer a "velocidades desiguais".

A organização liderada por Ngozi Okonjo-Iweala sugere ainda que a resiliência do comércio face à covid-19 não se deve a "um golpe de sorte isolado", mas é "uma característica inerente à atual economia globalmente integrada". Como as diferentes economias estão interligadas, podem "partilhar experiências e diversificar fontes de abastecimento".
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