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Coalizão Make Amazon Pay reivindica aumento salarial e mais segurança (Foto: Leon Neal / Getty Images)

Nesta Black Friday, funcionários da Amazon de mais de 20 países ao redor do mundo planejaram uma greve, com o objetivo de melhorar as condições de trabalho e exigir responsabilidade por parte dos executivos nos cargos mais altos. Participam do protesto funcionários de todos os setores da companhia, de refinarias de petróleo a fábricas, depósitos, centros de dados e escritórios corporativos.

O movimento é liderado pela coalizão “Make Amazon Pay” (“Faça a Amazon pagar”), composta por 70 sindicatos e organizações, incluindo Greenpeace, Oxfam e Amazon Workers International. “A pandemia expôs como a Amazon lucra em cima dos trabalhadores, da sociedade e do planeta”, disse a coalizão, em carta. “É hora de fazer a Amazon pagar.”

Entre as queixas dos funcionários estão longas horas de trabalho, remuneração baixa e sistemas complexos de avaliação de desempenho. A organização reivindica aumento salarial, maior segurança no emprego e a suspensão do “regime rígido de produtividade e vigilância que a Amazon tem usado para espremer os trabalhadores”.

Outro pedido da coalizão é um “retorno à sociedade” que inclua esforços sustentáveis, mais transparência sobre dados e privacidade e fim das parcerias com autoridades policiais e de imigração que costumam ser “institucionalmente racistas”.

Os manifestantes também acusam a gigante do e-commerce de não pagar impostos. Segundo um relatório da ProPublica publicado em junho deste ano, Jeff Bezos não pagou imposto de renda entre 2006 e 2018. Seu patrimônio é estimado hoje em US$ 210 bilhões.

“Durante a pandemia, a Amazon virou uma companhia trilionária e Bezos se tornou a primeira pessoa a ter uma fortuna de US$ 200 bilhões”, comentou a coalizão. “Enquanto isso, funcionários do estoque da empresa tiveram que arriscar suas vidas como serviço essencial, e receberam um pequeno aumento por um curto tempo.”

Formada em 2020, a Make Amazon Pay já coordenou uma série de greves e protestos contra as políticas da companhia.

A porta-voz da Amazon Kelly Nantel disse ao Business Insider que a empresa está “inventando e investindo significativamente” nas questões abordadas pela campanha, incluindo esforços climáticos. “Embora não sejamos perfeitos em nenhuma área, se você observar o que a Amazon está fazendo, verá que levamos nosso papel e nosso impacto muito a sério.”

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