O ouro fechou em queda nesta segunda-feira, 6, pressionado pela força do dólar no mercado cambial, que encarece o metal e o torna menos atraente a detentores de outras divisas, já que ele é cotado na divisa americana. A forte alta dos juros dos Treasuries também pesou sobre a commodity, uma vez que ambos concorrem como reserva de segurança de investidores.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro recuou 0,25%, a US$ 1.779,50 por onça-troy.

Mais cedo, antes dos juros dos Treasuries passarem a subir em bloco, o ouro se valorizava à medida que repercutia o fraco payroll de novembro nos EUA, com investidores refletindo sobre o impacto do indicador nos planos de aperto monetária do Federal Reserve (Fed). O Commerzbank, no entanto, avalia que o dado não fará com que o BC dos EUA abandone a ideia de acelerar o tapering após a reunião de dezembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

“De modo geral, o mercado de trabalho dos EUA continua se recuperando. Nossos economistas, portanto, ainda esperam que o Fed acelere o ritmo da redução de estímulos na reunião da próxima semana e já prepare o término do processo para março de 2022. O ímpeto final para isso provavelmente será dado pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de novembro, que será publicado nesta sexta-feira e provavelmente atingirá seu nível mais alto em quase 40 anos”, projeta o banco alemão.

A perspectiva de um aperto monetário mais agressivo pela Fed tende a pressionar o ouro, ao passo em que provê força ao dólar e aos juros dos Treasuries ao mesmo tempo.