Por g1


Nota de US$ 5 dólares — Foto: REUTERS/Thomas White

O dólar fechou em queda firme nesta quarta-feira (8), à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anuncia após o fechamento dos mercados a nova taxa básica de juros.

A moeda norte-americana caiu 1,50%, cotada a R$ 5,5338. Veja mais cotações.

Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 1,27%, a R$ 5,6178. No mês, acumula queda de 1,83%. No ano, o salto ainda é de 6,68% frente ao real.

Para economista, Banco Central deve indicar proximidade do fim do ciclo de alta de juros

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Cenário

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia após as 18h a nova taxa básica de juros, e a ampla expectativa é elevação da taxa Selic em 1,50 ponto percentual, para 9,25% ao ano.

Se for confirmada essa alta prevista pelo mercado financeiro, a taxa Selic atingirá o maior patamar em pouco mais de quatro anos — em julho de 2017, estava em 10,25% ao ano. A previsão é que a taxa continue subindo nos próximos meses, atingindo 11,25% ao ano no fim de 2022.

Juros mais altos no Brasil elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico, o que tenderia a atrair mais recursos estrangeiros para o país, aumentando a demanda pelo real.

Na agenda de indicadores, o IBGE divulgou que as vendas do comércio varejista caíram 0,1% em outubro, na terceira retração mensal consecutiva, endossando preocupação nos mercados sobre o desempenho da atividade doméstica.

Na cena política, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciaram na véspera um acordo para promulgação "fatiada" da PEC dos Precatório, que abre espaço no Orçamento para o ano eleitoral de 2022. Lira se comprometeu a pautar na próxima terça-feira os pontos que serão incluídos em uma proposta em tramitação na Câmara e pronta para ser apreciada em plenário.

Na avaliação de Alexandre Almeida, economista da CM Capital, o "fatiamento trouxe um pouco de alívio; mostra que tramitação no Congresso está andando e gera um pouco de calmaria" depois de um longo período de incertezas sobre como o governo federal faria para financiar seu programa de auxílio financeiro à população.

Na cena externa, investidores avaliaram notícias sobre a eficácia das vacinas existentes contra a variante ômicron do coronavírus, em meio às preocupações sobre os possíveis impactos de novas ondas de Covid-19 na recuperação econômica global.

Projeções do mercado

A projeção do mercado financeiro para a inflação de 2021 subiu de 10,15% para 10,18%. Foi a trigésima quinta semana seguida de aumento, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central. Para 2022, subiu de 5% para 5,02%. Ou seja, a expectativa é de estouro da meta do governo pelo 2º ano seguido.

Os analistas também baixaram a previsão de crescimento do PIB deste ano, que passou de 4,78% para 4,71%. Para 2022, o mercado reduziu a previsão de alta do PIB de 0,58% para 0,51%.

Já para o dólar, a projeção subiu de R$ 5,50 para R$ 5,56 para o fim de 2021 e de R$ 5,50 para R$ 5,55 para o fim de 2022.

Por que o dólar sobe? Assista no vídeo abaixo:

Entenda a alta do dólar

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