A justiça alemã abriu a via para um processo dos acionistas contra a Bayer, ao qual criticam por não tê-los informado sobre os riscos do glifosato durante a aquisição da Monsanto em 2018, explicou nesta quarta-feira (15) o escritório de advogados Tilp.

O tribunal civil de Colônia decidiu na terça-feira “publicar uma petição de abertura de ação coletiva” para determinar se a Bayer “dissimulou ao mercado de capitais riscos significativos ligados à aquisição do grupo americano Monsanto”, declarou em um comunicado.

Esta etapa é essencial para o início de um “processo modelo” que permita reagrupar em um único julgamento todas as questões.

O escritório de advogados Tilp, que representa “um grande número destes acionistas”, criticada a Bayer por não ter-lhes informado dos riscos ligados à compra da Monsanto em 2018.

Desde então, a Bayer enfrenta uma enxurrada de processos judiciais nos Estados Unidos por parte de ex-usuários do glifosato, um herbicida comercializado pela Monsanto.

Em 2015, um departamento da OMS, o qualificou de uma substância “provavelmente cancerígena”, o que seu vendedor desmente.

Estas denúncias fizeram o título da Bayer perder cerca da metade do valor na bolsa de Frankfurt, uma “perda imensa” para os acionistas, segundo Tilp.

O escritório prevê que pode-se pedir “mais de um bilhão de euros (cerca de 1,1 bilhão de dólares) em perdas e danos” da empresa alemã.

“Consideramos estas denúncias como infundadas. A Bayer respeitou a lei”, reagiu a empresa em um comunicado enviado à AFP.