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Lisboa foge às subidas da Europa. Stoxx 600 em alta, com banca e energia em destaque
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Lisboa foge à tendência de recuperação da Europa. Banca liderou ganhos
A sessão foi de recuperação nas principais bolsas europeias, após os tombos expressivos da sessão desta segunda-feira.
O Stoxx 600, que agrupa as maiores cotadas europeias, valorizou 0,71% nesta sessão, avançando para 459,49 pontos.
O setor da banca brilhou nesta sessão, a avançar 2,85%, seguido pelo setor de petróleo e gás, com ganhos de 2,48% e pelas telecom, que avançaram 2,42%. No caso da banca, o inglês HSBC destacou-se, fechando o dia a valorizar 3,99% em Londres. Já do lado das quedas, o setor da tecnologia foi o mais pressionado, com um tombo de 1,05%.
O início do ano está a gerar perdas para a grande maioria dos setores até este ponto do ano, mas tanto o petróleo como a banca estão a registar ganhos até aqui, na ordem de 5,8% e 4,6%, respetivamente.
Enquanto Lisboa fechou no vermelho, a ceder 0,38%, a esmagadora maioria dos índices europeus fechou em alta, com Londres a registar a subida mais expressiva, de 1,02%. Já o espanhol IBEX avançou 0,73%, enquanto o alemão DAX valorizou 0,75% e o francês CAC 40 registou ganhos de 0,74%. Em Amesterdão a subida foi mais ligeira, de 0,16%, e em Itália o índice de referência avançou 0,22%.
Maior apetite pelo risco afasta investidores da dívida e agrava juros
Os juros da dívida soberana na Europa seguem em alta, devido ao maior apetite dos investidores por ativos de risco, como as ações, levando a uma menor procura por obrigações – o que faz subir as "yields".
As bolsas europeias caíram ontem, muito à conta do nervosismo em torno da reunião da frente e das tensões Rússia-Ucrânia, mas hoje estiveram em "modo recuperação".
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a somar 1,8 pontos base para 0,563%.
Por seu lado, em França os juros da dívida com o mesmo vencimento avançam 2.3 pontos base para se fixarem em 0,326%.
Já as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, acompanham o movimento de subida, a ganharem 2,3 pontos base para -0,087%.
Em Itália e Espanha, também no vencimento a 10 anos, as "yields" sobem 0,5 e 1,9 pontos base, para 1,285% e 0,639%, respetivamente.
Petróleo sobe, animado pelo "outlook" para a procura
Os preços do "ouro negro" regressaram aos ganhos, depois de ontem terem registado a maior queda diária do ano.
A sustentar está o facto de os operadores estarem de novo a focar-se nas perspetivas para a procura robusta por energia.
Também a perspetiva de uma subida dos juros diretores da Fed para breve está a contribuir para o movimento negativo deste arranque de semana.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em março segue a somar 1,63% para 84,67 dólares por barril.
Já o contrato de março do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,43%, para 87,50 dólares.
Ouro renova máximos de novembro. Tensões na Ucrânia continuam a penalizar euro
O ouro para entrega imediata está a corrigir as perdas, com o preço por onça a saltar para o nível mais alto desde meados de novembro. A subida acontece numa altura em que as ações nos Estados Unidos estão a registar perdas, no dia em que se inicia a reunião da Fed.
Como se trata de um "ativo-refúgio", o ouro está a beneficiar da aposta dos investidores em ativos mais seguros. O metal dourado está a subir 0,21%, com a onça a valorizar para 1.846,95 dólares. O preço do ouro por onça chegou mesmo a tocar os 1,852.86, o valor mais alto desde 18 de novembro.
Os investidores estão atentos à reunião da Reserva Federal norte-americana, onde é esperado que seja anunciado um aumento das taxas de juro, mais rápido do que o esperado, para conter a subida da inflação. Além disso, estão receosos em relação às tensões políticas e militares junto à fronteira da Ucrânia com a Rússia.
A subida do ouro acontece numa altura em que o dólar está também em alta. O índice da Bloomberg que mede a moeda norte-americana frente a um cabaz de moedas rivais aponta para uma subida de 0,24%, para 96,135.
Com o dólar forte, o euro e a libra estão em baixa. A moeda única europeia está a cair 0,47%, para 1,1273 dólares, enquanto a libra esterlina perde ligeiramente 0,02%, para 1,3485 dólares.
Principais índices norte-americanos afundam mais de 1%
A crise na Ucrânia e a incerteza à volta do que decidirá a Reserva Federal norte-americana (Fed), depois da reunião de dois dias que arranca esta terça-feira, fizeram Wall Street mergulhar num dia que promete voltar a ser pintado de vermelho.
O índice industrial Dow Jones abriu a perder 1,27% para 33.937,19 pontos, depois de seis sessões consecutivas em baixa e uma recuperação de última hora no fecho desta segunda-feira. No passado dia 5 de janeiro, recorde-se, tocou num nível nunca antes atingido, nos 36.952,65 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 recuou 1,49% para 4.344,95 pontos. O seu valor mais alto de sempre foi atingido na negociação intradiária de 4 de janeiro, nos 4.818,62 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 1,58% para se fixar nos 13.628,25 pontos. Desde quarta-feira que este índice está em território de correção (a perder mais de 10% face ao último máximo).
O máximo histórico intradiário do Nasdaq está nos 16.212,23 pontos, estabelecido a 22 de novembro.
Ao longo das quatro sessões da semana passada (na segunda-feira as bolsas norte-americanas estiveram encerradas para celebração do Dia de Martin Luther King, Jr.), os principais índices de Wall Street encerraram sempre no vermelho. O Dow era o que estava há mais tempo em terreno negativo.
A volatilidade está a dominar o mercado. A incerteza dos investidores perante as tensões geopolíticas entre a Ucrânia e a Rússia, assim como o medo sobre a possível subida antecipada das taxas de juro, tema que será decidido esta quarta-feira no final da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana (Fed), está a fazer disparar os índices de volatilidade.
O Índice de Volatilidade Cboe (VIX) segue nos 30 pontos, muito acima da média habitual de 19,5 pontos.
"O que temos assistido é uma combinação do crescente risco geopolítico com a ansiedade dos investidores sobre a possibilidade da Reserva Federal norte-americana (Fed) adoptar uma posição mais ‘hawkish’", explicou Eddie Cheng, responsável pelo departamento de investimento internacional da Allspring Global Investments numa nota de "research" divulgada esta terça-feira.
No entanto, ao contrário de outros analistas, Eddie Cheng acredita que este cenário não é suficiente para que Wall Street entre em "bear market".
Esta posição é apoiada pelo JPMorgan Chase. O banco de investimento emitiu uma nota de "research" onde defende que o recuo dos últimos dias "é apenas uma correção perante os ganhos de 2021". "As preocupações do mercado com os relatórios e contas e com a subida das taxas de juro está a ser exagerada", escreve a equipa liderada por Marko Kolanovic.
Já para Barry Bannister da Stifel, apelidado pelos pivôs da Bloomberg TV, como o "analista pessimista", "há sinais de que os indicadores macro, como a inflação e o índice PMI vão ficar abaixo do esperado. Caso tal aconteça, o cenário será de queda acentuada", remata o especialista.
Europa tem de recuperar ou arrisca "choque de crescimento"
As ações europeias seguem esta terça-feira a recuperar da pior queda em 19 meses, ainda que os investidores continuem pressionados pela crise geopolítica na Ucrânia e pelo arranque do ciclo de dois dias de reuniões da Reserva Federal norte-americana (Fed).
Depois de registar a pior queda desde março de 2020, o índice de referência europeu, Stoxx 600, acordou pintado de verde, somando 1,03% para 461,05 pontos. Os 20 setores do índice estão em território positivo, sendo de destacar as telecomunicações (1,88%) e os recursos (1,44%).
A tecnologia, mais sensível à volatilidade no mercado, é a área do Stoxx 600 menos impactada, com uma correção de apenas 0,43%.
Se não recuperar por completo, o índice de referência europeu arrisca registar o pior desempenho mensal desde o início da pandemia em março de 2020.
O espanhol IBEX corrige 0,88%, o alemão DAX aumenta 0,83% e o francês CAC 40 valoriza 0,41%. Londres registou uma subida de 0,85%, Milão de 0,97%, enquanto Amesterdão é quem soma ganhos mais ligeiros entre os pares europeus (0,01%).
Os investidores estão atentos a novos desenvolvimentos em relação à tensão geopolítica entre a Ucrânia e a Rússia. Os EUA já colocaram 8.500 soldados em alerta de forma a apoiar a NATO se necessário. Vladimir Putin sublinhou esta segunda-feira que não quer invadir o território.
Além da crise entre Ucrânia e Rússia, os mercados estão também a incorporar a probabilidade de subidas nas taxas de juro de referência pela Reserva Federal dos EUA. O banco central liderado por Jerome Powell encontra-se, pela primeira vez este ano, esta terça e quarta-feira, mas é esperada uma mudança apenas em março.
"Existe um risco claro de que um choque da subida das taxas de juro desencadeie um choque de crescimento no mercado accionista. Este é um risco histórico, já que a inflação nos EUA, por exemplo, está em máximos desde a década de 1980", alerta o Goldman Sachs, numa nota de "research" publicada esta segunda-feira.
Juros agravam na zona euro
Os juros das dívidas da zona euro agravam esta terça-feira, à medida que a tensão geopolítica entre a Ucrânia e a Rússia se intensifica.
As Bunds germânicas a 10 anos – referência para o mercado europeu - estão a avançar 0,8 pontos base para -0,102%, enquanto França soma 0,6 pontos para 0,309%.
No sul da Europa, só a Itália escapa a esta tendência. A yield da dívida romana a 10 anos perde 1,2 pontos para 1,268%, numa altura em que o país escolhe o seu novo Presidente da República.
Na Península Ibérica, o juro equivalente espanhol sobe 0,5 pontos para 0,625% , enquanto o português soma 0,2 pontos base para 0,546%.
O indicador que mede o risco associado às obrigações com nível de investimento da Europa, o The iTraxx Main, subiu 2,9 pontos base para 58,3 pontos, no valor mais elevado desde novembro de 2020. Já o iTraxx Crossover, que segue as "junk bonds" da região, subiu 11 pontos para máximos de novembro de 2021.
Os investidores estão atentos a novos desenvolvimentos em relação à tensão geopolítica entre a Ucrânia e a Rússia. Os EUA já colocaram 8.500 soldados em alerta de forma a apoiar a NATO se necessário. Vladimir Putin sublinhou esta segunda-feira que não quer invadir o território.
Além da crise entre Ucrânia e Rússia, os mercados estão também a incorporar a probabilidade de subidas nas taxas de juro de referência pela Reserva Federal dos EUA. O banco central liderado por Jerome Powell encontra-se, pela primeira vez este ano, esta terça e quarta-feira, mas é esperada uma mudança apenas em março.
Petróleo recupera da pior queda diária do ano
O petróleo segue a recuperar depois de, durante esta segunda-feira, ter sofrido a maior queda na cotação desde o início do ano, devido ao "desmaio" das bolsas mundiais.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em março, segue a subir 0,65% para 83,85 dólares por barril.
Já o contrato de março do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,81%, para 86,97 dólares. Recorde-se que na semana passada o barril foi negociado em máximos de outubro de 2014 – tendo chegado a superar os 89 dólares.
Ontem, os preços do "ouro negro" registaram a pior queda diária desde o início do ano, penalizados sobretudo pela valorização do dólar – que torna a matéria-prima menos atrativa para quem negoceia com outras moedas.
Também a perspetiva de uma subida dos juros diretores da Fed para breve contribuiu para o movimento negativo deste arranque de semana.
Ainda assim, o panorama geral aponta para uma subida dos preços este ano. As cotações têm sido sustentadas pela menor capacidade disponível (com os principais produtores a não conseguirem aumentar a extração na medida desejada, os stocks mundiais têm estado a diminuir) e pelos elevados riscos geopolíticos.
O Barclays reviu em alta de 5 dólares a sua previsão para os preços este ano, apontando para uma média de 85 dólares no caso do Brent e para 82 dólares no caso do WTI.
Na semana passada, ambos os crudes subiram pela quinta semana consecutiva. No acumulado do ano, sobem mais de de 10%.
Ouro e dólar na linha de água à espera da Fed. Euro cai
O ouro e o dólar mantêm-se esta terça-feira na "linha de água", com ganhos ligeiros, num dia marcado pelo arranque das reuniões da Reserva Federal norte-americana (Fed) e de novos desenvolvimentos sobre a tensão geopolítica entre a Ucrânia e a Rússia.
O "metal amarelo" está a valorizar 0,01% para 1843,23 dólares a onça. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais – está também a subir ligeiramente (0,03%) para 95,94 pontos. Por sua vez, o euro está a ser enfraquecido pela crise na fronteira da Ucrânia, estando a cair 0,10% para a linha de suporte de 1,1315 dólares. Recorde-se que nos últimos dias, a moeda única europeia tem tocado na linha dos 1,14 dólares
A Reserva Federal norte-americana inicia esta terça-feira uma reunião de dois dias de política monetária, prevendo-se que abra caminho para um aumento dos juros diretores já em março.
Futuros apontam para Europa em correcção técnica. Reunião da Fed marca o dia
A Europa deverá arrancar a sessão desta terça-feira em correção técnica depois de as principais bolsas do bloco terem caído para mínimos históricos face há um ano. Os futuros do Stoxx 50, o índice de referência europeu, estão a subir 1,2%.
O dia será marcado pela reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), que inicia esta terça-feira um encontro de dois dias para discutir política monetária, prevendo-se que abra caminho para um aumento dos juros diretores já em março.
A perspetiva de um endurecimento das políticas dos bancos centrais tem pressionado as bolsas europeias este ano, com a subida das "yields" das dívidas soberanas a alimentar o recuo de setores mais efervescentes, como é o caso do tecnológico – cujas cotadas se endividaram fortemente nos últimos dois anos, devido às baixas taxas de juro, e que agora temem o efeito da subida das taxas por parte da Fed já dentro de dois meses.
Os investidores estarão ainda atentos a novos desenvolvimentos em relação à tensão geopolítica entre a Ucrânia e a Rússia. Os EUA já colocaram 8.500 soldados em alerta de forma a apoiar a NATO se necessário. Vladimir Putin sublinhou esta segunda-feira que não quer invadir o território.
Para os analistas os próximos tempos serão marcados pela volatilidade. "A volatilidade está de volta ao jogo. Os investidores esperam uma mudança de postura radical da Fed. Vamos ver o que acontece", comentou Lory Calvasina, responsável pelo departamento de estratégia da RBC Capital Markets, em entrevista à Bloomberg TV.
Na Ásia, a sessão também bateu no vemelho. No Japão, o Topix recuou 1,86%, enquanto o Nikkei deslizou 1,66%. Já na Coreia, o Kospi tombou 2,56%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng derrapou 1,87%. Em Xangai, o índice de referência fechou a perder 2,54%.