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Analistas antecipam crescimento do lucro da Apple impulsionado pelas vendas na China

A Apple, que deverá divulgar os seus lucros trimestrais na quinta-feira, dia 26 de janeiro, terá beneficiado das fortes vendas globais do iPhone 13, especialmente na China, ao qual se junta o crescimento contínuo das remessas de computadores.
  • 16 – Apple
26 Janeiro 2022, 17h36

A Apple soube lidar com os problemas da cadeia de abastecimento provocados pela pandemia de Covid-19 melhor do que os rivais no final de 2021. Segundo os analistas da XTB, a estratégia da tecnológica norte-americana, traduz-se num aumento da quota de mercado para um novo máximo histórico no quarto trimestre, após seis anos quando o superciclo do iPhone 6 estava no seu auge.

A Apple, que deverá divulgar os seus lucros trimestrais na quinta-feira, dia 26 de janeiro, terá beneficiado das fortes vendas globais do iPhone 13, especialmente na China, ao qual se junta o crescimento contínuo das remessas de computadores. Segundo a empresa de investigação Counterpoint Research Tech, a gigante tecnológica representa agora 23% de todo o mercado chinês, dado que o volume de vendas saltou 32% no trimestre.

O mercado está a acompanhar de perto os ganhos da Apple, Tesla e outras empresas de tecnologia, de forma a perceber se reprimem a liquidação que eliminou quase três biliões de dólares (2,6 biliões de euros) em valor do Nasdaq 100. No entanto, os investidores estão a vender ações de tecnologia com medo de que a Reserva Federal norte-americana aumente as taxas de juros de forma agressiva, condicionando os ganhos futuros.

“Esperamos que a Apple alcance a sua maior participação de mercado na China desde que a Apple entrou no mercado em 2008”, disse a analista Nicole Peng, da Canalys.

A empresa de investimentos Wedbush Securities prevê vendas recordes do iPhone para mais de 40 milhões de unidades durante o período de férias da Black Friday ao Natal. Já o Morgan Stanley estima que o total de remessas de iPhones no trimestre natalício tenha sido de 83 milhões, representando um aumento de 4% em relação ao ano anterior.

Os analistas em Wall Street esperam que a Apple registe 118,7 mil milhões de dólares (105,1 mil milhões de euros) em receita, o que a confirmar-se representará um crescimento de 6,48% anual, segundo dados da Eikon.

A Apple registou uma rara perda de receita no trimestre fiscal encerrado a 25 de setembro, que o presidente-executivo Tim Cook atribuiu a restrições de fornecimento relacionadas à pandemia e interrupções de produção que, juntas, custaram à empresa cerca seis mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros) em vendas.

A gigante norte-americana, primeira empresa avaliada em três biliões de dólares (2,6 biliões de euros), tem vindo a perder valor junto do o mercado de ações em geral. As ações da Apple caíram 10% este mês e o índice S&P 500 caiu 9%.

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