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Da Nike à Puma. Marcas de roupa desportiva cresceram com a pandemia, enquanto que ‘fast fashion’ caiu

Marcas de roupa como a Nike e Puma cresceram significativamente, enquanto a Zara ou a Primark sofreram desvalorizações. As marcas de luxo passaram uma fase difícil, mas já voltaram a crescer.
5 Abril 2022, 19h30

A indústria têxtil está a ter alterações, com as marcas desportivas e de luxo a crescerem, enquanto as marcas de “fast fashion” têm sofrido retrocessos, de acordo com um relatório da consultora de marcas líder no mundo, a Brand Finance. As marcas de luxo passaram tempos difíceis, mas estão agora em crescimento. Tendências que estão relacionadas com a pandemia e as restrições que esta trouxe.

De acordo com o documento, entre as 50 maiores marcas do mercado, o valor agregado das marcas de luxo cresceu 21% (de 94 mil milhões de euros para 114 mil milhões de euros) no último ano e o das marcas desportivas subiu 10% (de 62 para 67 mil milhões de euros). Em sentido contrário estão as marcas de fast fashion, que caíram 7% (de 40 para 37 mil milhões de euros).

Durante a pandemia, as marcas de roupa desportiva sentiram um crescimento no seu valor. Algo que este estudo aponta como consequência de os consumidores passarem grande parte do tempo em casa e, por esse motivo, colocarem o conforto acima da aparência, no momento de fazer as suas compras.

Por este motivo, foram várias as gigantes desportivas que cresceram de forma significativa naquele período. A Nike subiu 9% (para os 30,3 milhares de milhões de euros), a Adidas 2% (para os 13,3 milhares de milhões de euros), a Puma 13% (para os 4,1 milhares de milhões de euros) e a Lululemon 28% (para os 3,8 milhares de milhões de euros). A Sketchers, marca não tão grande como as anteriores, valorizou uns incríveis 68% (para os 2,9 milhares de milhões de euros).

Por outro lado, no último ano o mercado não favoreceu as marcas de fast fashion. Prova disso é que Zara caiu 1% (para os 11,9 milhares de milhões de euros), a Uniqlo escorregou 26% (para os 8,8 milhares de milhões de euros) e a Primark desvalorizou 10% (para os dois milhares de milhões de euros). A H&M fugiu à regra, com um crescimento de 3% (para os 11,6 milhares de milhões de euros).

Tudo indica que os confinamentos e os fechos de lojas, devido às restrições impostas por consequência da pandemia, associado a um aumento do volume de compras feitas online, tenham prejudicado estas marcas, ajudando ao crescimento das desportivas.

Quanto às marcas de luxo, sofreram quedas nos dois anos de pandemia, mas mostraram mais resiliência do que o setor de fast fashion e por esta altura já estão a recuperar e, em muitos casos, a crescer significativamente. Das dez maiores marcas do setor, nove estão a voltar aos níveis pré-pandemia. É o caso da Louis Vuitton, cujo valor cresceu 58% (para 21,3 milhares de milhões de euros) no último ano, da Gucci, com um aumento de 16% (para 16,5 milhares de milhões de euros), e da Armani que registou uma subida de 9% (para três milhares de milhões de euros).

A falta de viagens (nomeadamente, viagens de luxo) que os consumidores têm feito, será um dos principais fatores, com o dinheiro que seria gasto nessas viagens a ser gasto alternativamente em produtos como roupa de luxo.

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