O antigo chefe-executivo da dona da Nissan, Renault e da Mitsubishi diz estar “surpreendido” com as notícias de que em França foi emitido um mandato internacional para a sua detenção, avança a “BBC”.
O porta-voz de Carlos Ghosn considerou esta sexta-feira a medida como “surpreendente” uma vez que “Ghosn sempre colaborou com as autoridades francesas”.
Os procuradores emitiram um mandato contra o empresário franco-brasileiro e outras quatro pessoas por existirem 15 milhões de euros em pagamentos suspeitos. Ghosn já tinha enfrentado acusações de má conduta financeira quando fugiu do Japão em 2019.
Carlos Ghosn, o antigo chefe da Nissan, e de uma aliança entre a Renault, a Nissan e a Mitsubishi Motors, foi preso pela primeira vez sob a acusação de má conduta financeira em 2018, por alegadamente ter reportado incorretamente o seu salário durante cinco anos até 2015, tendo negado sempre ter cometido qualquer crime.
O responsável falou anteriormente da sua fuga dramática do Japão, que envolveu disfarçar-se para passar despercebido pelas ruas de Tóquio, estar escondido numa grande caixa de equipamento de música e fugir para o seu país natal enquanto aguardava julgamento.
Um juiz de instrução em França, já emitiu cinco mandados de detenção internacionais contra Ghosn e quatro pessoas ligadas a um distribuidor de automóveis em Omã.
De acordo com o “Wall Street Journal”, os procuradores alegam que Ghosn desviou fundos da Renault através da Suhail Bahwan Automobiles. Alegam ainda que usou o dinheiro para compras pessoais, incluindo o de um iate.
O advogado, Jean Tamalet, disse à “BBC” que o mandado de detenção emitido pela procuradoria de Paris, fazia parte de uma investigação que já durava há algum tempo.
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