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Goldman Sach recomenda compra das ações da EDP Renováveis e dá price-target de 27,50 euros

O Goldman Sachs emitiu uma nota de research sobre a empresa de energias renováveis do Grupo EDP. O banco norte-americano atribui um preço-alvo a 12 meses à EDP Renováveis de 27,5 euros por ação e a recomendação é de “compra”. As ações da EDP Renováveis estão a cotar nos 20,93 euros estando a cair 3,06% em reação aos resultados.
4 Maio 2022, 15h06

A EDP Renováveis apresentou hoje os seus resultados do primeiro trimestre que subiram 75% para 66 milhões de euros face a período homólogo. O EBITDA subiu 46% para 394 milhões de euros devido a uma “melhor evolução de top line [receitas] devido à excelente performance operacional do portfólio base”.

O Goldman Sachs emitiu uma nota de research sobre a empresa de energias renováveis do Grupo EDP. O banco norte-americano atribui um preço-alvo a 12 meses à EDP Renováveis de 27,5 euros por ação e a recomendação é de “compra”. As ações da EDP Renováveis estão a cotar nos 20,93 euros estando a cair 3,06% em reação aos resultados.

O banco norte-americano justifica que classifica com “Buy” as ações da EDPR, pois “vemos o título como um dos principais beneficiários do superciclo de Capex Verde, o que (com base nas nossas estimativas) poderia implicar cerca de 16 biliões de euros de investimentos em Renewable Energy Sources até 2050, globalmente ex-China.

A segunda justificação radica no facto de quase metade do seu portfólio estar na Europa. “O foco do REPowerEU [ação conjunta da UE para uma energia mais acessível, segura e sustentável] na segurança energética pode suportar cerca de um bilião de euros de investimento em energia eólica/solar até 2030 e a EDPR deverá desempenhar um papel central.

Por fim a empresa continua a acelerar o seu crescimento e tem planeado quase dobrar a sua base instalada atual até 2025 e quase quadruplicar até 2030.

Os analistas do Goldman Sachs analisaram as contas do primeiro trimestre da EDP ​​Renováveis ​ e dizem que a aceleração do Capex (investimento) implica ganhos de médio prazo mais fortes.

“Graças ao crescimento de dois dígitos na base instalada, taxas de ocupação sólidas e preços de energia mais elevados, a EDPR aumentou o EBITDA do 1º trimestre em cerca de 45% e o seu lucro líquido em cerca de 75%. Acreditamos que o principal destaque desses números é a forte aceleração do Capex, acima do plano de negócios existente”, defendem os analistas.

No trimestre, a EDPR investiu 1,7 mil milhões de euros o que compara com cerca de 500 milhões há um ano atrás.

“Embora alguns desses investimentos possam estar relacionados com atrasos em relação ao 4º trimestre do ano passado, acreditamos que esse número indica uma forte aceleração no desenvolvimento, que deve traduzir-se em lucros mais fortes para os próximos anos. Para 2025 a nossa estimativa de EBITDA é de 2,3 mil milhões de euros (excluindo ganhos de capital), o que é cerca de 15% acima do guidance comparável de 2 mil milhões de euros da empresa”, refere o banco.

“Acreditamos que esse impulso positivo de ganhos seria um suporte sólido para as ações”, defendem os analistas.

A EDPR encerrou o trimestre com uma base instalada de 14 GW, o que significa um aumento de quase 15% face ao ano anterior. A taxa de ocupação média foi de 35%, 1 pp acima do ano passado. O crescimento do volume (+1 TWh versus o ano passado. Ao todo 9,2 TWh) e o aumento das receitas por unidade permitiram à empresa aumentar o EBITDA em cerca de 45% para 394 milhões de euros (acima da estimativa do Goldman Sachs que era de 387 milhões).

O crescimento operacional suportou a subida de cerca de 75% no resultado líquido para 66 milhões. “Este valor é ligeiramente inferior ao que o banco norte-americano esperava e que era  de 75 milhões de euros, devido a custos financeiros. A dívida líquida subiu para 6,5 mil milhões de euros (incluindo passivos fiscais e arrendamentos) o que compara com 5,2 mil milhões há um ano, em função da forte aceleração do Capex.

Na lista dos principais riscos que podem fazer derrapar o price-target e pôr em causa a recomendação de compra das ações está o risco operacional relacionado com as novas instalações renováveis, que podem resultar em crescimento/retornos abaixo do esperado; bem como a depreciação significativa em moedas estrangeiras (USD/BRL); um maior risco soberano na Península Ibérica; e preços mais baixos de commodities/energia.

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