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Petrolífera saudita substitui Apple como empresa mais valiosa do mundo (com áudio)

A troca de posições acontece pela primeira vez em quase dois anos. As ações da produtora do iPhone terminaram a sessão de quarta-feira, 11 de maio, em Wall Street, a desvalorizarem 5%, com uma avaliação de 2,37 biliões de dólares (2,2 biliões de euros)
12 Maio 2022, 09h07

A semana não tem sido positiva para as tecnológicas norte-americanas, principalmente em Wall Street. Os investidores, apreensivos com o aumento da inflação, começam a retirar o seu dinheiro dos ativos considerados ‘mais arriscados’, como as ações de tecnologia. A consequência? Empresas como a Apple viram as suas ações desvalorizar e, inclusive, a empresa liderada por Tim Cook perdeu o lugar como a mais valiosa do mundo para a petrolífera saudita, Aramco.

A troca de posições acontece pela primeira vez em quase dois anos. As ações da produtora do iPhone terminaram a sessão de quarta-feira, 11 de maio, a desvalorizarem 5%, com uma avaliação de 2,37 biliões de dólares (2,2 biliões de euros), enquanto a Aramco, cuja matéria-prima é vista como um ativo ‘seguro’, avaliada em 2,42 biliões de dólares (2,3 biliões de euros) assume o lugar de empresa mais valiosa do mundo.

As ações da Apple já desvalorizaram 20% desde o início do ano, fruto da venda generalizada de ações de tecnologia pelos investidores em Wall Street. Empresas como a Microsoft tiveram quedas semelhantes, com o Nasdaq a ser, naturalmente, o índice mais penalizado. Entre as razões apontadas, sem surpresa, a guerra na Ucrânia e o consequente aumento da inflação.

Em sentido contrário, as ações dos produtores de energia têm sido das que mais valorizam. Os custos do petróleo e do gás aumentaram, fazendo prever um impacto positivo nos lucros e na rentabilidade das ações.

O aumento dos preços é a maior ameaça à recuperação da economia global à medida que emerge da pandemia de Covid-19. Os bancos centrais de todo o mundo responderam ao problema aumentando as taxas de juros, o que desencadeou uma saída de investimentos mais arriscados devido a preocupações de que o custo mais alto dos empréstimos irá desacelerar o crescimento económico.

Esta quinta-feira, o SoftBank Group, do Japão, divulgou uma perda recorde de 26,2 mil milhões de dólares (25 mil milhões de euros) nos negócios do seu Vision Fund — dedicado ao sector tecnológico. A perda foi um forte contraste com um ano atrás, quando a empresa registou lucro anual recorde.

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