Por g1


Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (16), em sessão instável, com investidores replicando a volatilidade externa e a falta de direção comum nos mercados globais de moedas.

A moeda norte-americana recuou 0,14%, vendida a R$ 5,0501. Na abertura, chegou a bater R$ 5,1039. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 1,61%, a R$ 5,0570. Com o resultado desta segunda-feira, passou a acumular alta de 2,18% no mês. No ano, ainda tem queda de 9,41% frente ao real.

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O que está mexendo com os mercados?

Os mercados internacionais operaram com viés negativo nesta segunda-feira, após dados econômicos fracos da China reforçarem temores de uma recessão global. As vendas no varejo chinês registraram queda de 11,1% em ritmo anual em abril, no segundo mês consecutivo de queda.

Dados fracos no país são vistos como indicador de menor dinamismo econômico em todo o mundo, o que eleva os já presentes riscos de recessão global ou mesmo estagflação -- cenário em que o dólar se fortalece.

Já a Comissão Europeia reduziu drasticamente a previsão de crescimento econômico para a zona do euro este ano, de 4,0% para 2,7%, ao mesmo tempo que elevou a expectativa de inflação para 6,1%.

Os investidores seguiram monitorando também pistas sobre o ritmo da elevação dos juros nas principais economias do mundo. Juros mais altos nos EUA tornam os investimentos em títulos do tesouro norte-americano (treasuries) mais rentáveis, valorizando o dólar frente a outras moedas e drenando liquidez de países emergentes como o Brasil.

Na cena doméstica, o Banco Central informou que as contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 4,3 bilhões em março. O valor abrange governo federal, estados, municípios e empresas estatais.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse em evento nesta segunda-feira que a recente depreciação do real refletiu impacto da desaceleração da China, que enfrenta uma onda de Covid-19, e do aperto monetário implementado nos Estados Unidos - com efeito maior da China -, ponderando haver incertezas no médio prazo.

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