Ethereum não é confiável para investimento de longo prazo, diz ex-JPMorgan

Trader veterano Tone Vays projeta a derrocada do Ethereum após ter feito fama apostando contra o Bitcoin - e vencido - em 2018

Paulo Barros

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Segunda maior criptomoeda atrás apenas do Bitcoin (BTC), o Ethereum (ETH) pode não estar salva de colapso após experimentar uma nova queda de mais de 90% como a que já aconteceu em 2015, logo após seu surgimento. A opinião é de Tone Vays, um veterano trader de criptomoedas e ex-executivo do JPMorgan, amplamente conhecido por entusiastas do setor.

“Ainda que o Ethereum seja uma criptomoeda blue chip no espaço cripto, a probabilidade do Ethereum desvalorizar 95% repentinamente e nunca mais voltar para uma alta anterior é infinitamente maior do que com o Bitcoin”, afirmou Vays em entrevista ao Cripto+, divulgada nesta semana.

Segundo o especialista, mesmo se o Bitcoin desvalorizar 70% ou 80%, “eu tenho confiança de que volte para sua cotação mais alta”.

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Conhecido por ser um “maximalista de Bitcoin”, ou seja, por acreditar que a principal criptomoeda do mercado será cada vez mais dominante ao ponto de fazer as demais desaparecerem, Tone Vays pondera o discurso e reconhece que o Ethereum é uma das poucas criptos que já caíram cerca de 90% e se recuperou para novas máximas.

Por outro lado, diz que a criptomoeda não deverá estar a salvo da próxima vez que um mergulho dessa magnitude acontecer.

“Eu acho que se acontecer outra vez com o Ethereum, não vai voltar a uma alta histórica, porque eu não confio na tecnologia. Posso estar errado, mas é por isso que lido com o Ethereum como algo que se pode negociar, mas não manter no longo prazo”, dispara o trader de criptos.

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Embora a projeção pareça óbvia vinda de alguém que defende a soberania do Bitcoin como única criptomoeda, o especialista tem histórico de negociar – e ganhar dinheiro – mesmo contra suas próprias convicções.

Vays ficou conhecido em 2018 em um momento parecido com o atual, em plena queda do Bitcoin. Após a criptomoeda ter despencado 70% da máxima atingida no final de 2017, de US$ 20 mil para US$ 6 mil, Vays foi um dos únicos traders com grande alcance que defendeu, baseado em análise técnica, que o preço ainda estaria longe do fundo.

Ele começou a ser apontado como um trader de alto gabarito quando, finalmente, a criptomoeda perdeu os US$ 6 mil e chegou a bater US$ 3 mil – próximo da mesma mínima que atingiria dois anos depois, no crash dos mercados por conta da pandemia.

“O melhor trade é aquele que você tem confiança absoluta. Esse trade não me rendeu um absurdo de dinheiro, mas foi um dos mais satisfatórios [da minha carreira] porque todo mundo achava que eu estava errado”.

Para ele, isso não quer dizer que ele tenha se tornado um defensor menos ferrenho do Bitcoin. “Sou um maximalista de Bitcoin sob as perspectivas tecnológica e econômica. Como um trader de 20 anos de experiência, consigo separar as duas coisas”.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos