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Patris com lucros de 5,6 milhões em 2021 a crescerem 23%

A Patris Investimentos holding do grupo liderado por Gonçalo Pereira Coutinho, teve lucros de 5,6 milhões de euros em 2021, mais 23,4% do que os 4,57 milhões reportados em 2020. “Foram os melhores resultados de sempre” disse ao Jornal Económico o presidente da dona da Real Vida.
  • Ph.Boutefeu/Euronext
20 Maio 2022, 11h30

A Patris, grupo especializado nas áreas de seguros de vida, gestão da poupança de médio e longo prazo, investimentos e corretagem de valores mobiliários,  publicou o seu relatório e contas consolidado de 2021. Nele é possível ver que os capitais próprios da empresa que tem a Real Vida, a Patris Capital, a Patris Finance, a Real Capital FCR e a Patris ASFTC, entre outras, cresceu de 31,2 milhões em 2020 para 38,7 milhões de euros em 2021, justificado pela subida dos capitais próprios da Real Vida Seguros.

A Patris Investimentos holding do grupo liderado por Gonçalo Pereira Coutinho, teve lucros de 5,6 milhões de euros em 2021, mais 23,4% do que os 4,57 milhões reportados em 2020. “Foram os melhores resultados de sempre” disse ao Jornal Económico o presidente da Patris, Gonçalo Pereira Coutinho, que acrescenta que “ultrapassámos os 400 milhões de euros de ativos”.

O ativo total consolidado da Patris Investimentos cresceu, passando de 322 milhões para 402,2 milhões de euros em 2021, o que representa um acréscimo anual de cerca de 80,1 milhões de euros. “A principal razão para o aumento do valor do ativo foi o crescimento acentuado dos contratos de seguros celebrados pela Real Vida Seguros”, diz a empresa.

“A Patris Investimentos teve, desde a sua constituição em 2006, uma estratégia de crescimento assente em aquisições para reforço do seu posicionamento na oferta de soluções globais e integradas de poupança e investimento. Após 10 anos de aquisições o Grupo Patris passou a privilegiar o crescimento orgânico dos seus negócios, não tendo feito qualquer aquisição desde 2016”, refere o presidente da empresa no relatório e contas consolidado.

Gonçalo Pereira Coutinho fala no aumento da rentabilidade global do grupo “ao mesmo tempo que se conseguiu reforçar de forma muito significativa a solidez do balanço da sociedade e proceder a uma simplificação da sua estrutura organizacional”.

“A Real Vida voltou a ser uma das seguradoras que mais cresceu no ramo vida risco em Portugal em 2021, com a Companhia a conseguir fazer crescer de forma acentuada a sua quota de mercado, que nalguns meses do ano se aproxima já dos 4%”, refere a empresa no relatório e contas. No que toca à companhia de seguros,, os capitais próprios da Real Vida registaram um acréscimo em 2021, ao passarem de 37,5 milhões para 42,6 milhões de euros, o que traduz um aumento superior a 5 milhões de euros. “Os bons resultados da operação corrente e a valorização da carteira de ativos justificam esta performance da Real Vida”, diz a Patris. O resultado líquido da Real Vida em 2021 foi de  6,04 milhões, um crescimento de cerca de 10% face a 2020. Os ativos da Real Vida passaram de 310 milhões de euros para quase 385 milhões. “Estes ativos adicionados ao valor gerido em Fundos de Pensões faz com que os ativos sob gestão da Seguradora atinjam globalmente cerca de 620 milhões de euros”, refere a empresa.

“A Margem de Solvência de (SCR) baixou ligeiramente ao longo do ano passado, tendo passado de 223% em 2020 para os 216% em final de 2021 o que espelha de forma evidente a estabilidade e a solidez financeira da Companhia, pois conseguiu praticamente manter a Margem de Solvência quando os seus activos cresceram cerca de 25%”, lê-se no relatório.

A Patris – SGFTC geria no final de 2021 um total de 1.531 milhões de euros em Fundos de Titularização ou Recuperação de Créditos, o que representa uma queda face aos 1.732 milhões de euros que geria no final do ano anterior. “Apesar da queda esperada dos montantes sob gestão (uma vez que os fundos de titularização de crédito todos os anos vão entregando a liquidez que geram aos seus participantes), a sociedade conseguiu manter em bons níveis as comissões de prestação de serviços que atingiram os 565.763 euros em 2021, uma ligeira redução relativamente aos 584.968 euros registados em 2020”, detalha a empresa.

A corretora Patris Finance em 2021 teve receitas 324.055 euros contra 294.423 euros em 2020, tendo os resultados líquidos aumentado de 5.821 euros no ano passado para 40.905 euros neste ano.

A empresa de capital de risco, Real Capital, tinha no final de 2021 um valor total de ativos sob gestão de 35,6 milhões de euros, o que representa uma redução face aos 37,8 milhões que se observavam em 2020. “Esta diminuição gradual do valor do activo do Real Capital tem sido resultado de uma política de alienação de ativos e de distribuição de capital para a Real Vida Seguros”, justifica a empresa. Em 2021 a Real Capital procedeu à alienação da totalidade das participações que detinha na Aero Topográfica, na Companhia das Águas Medicinais da Felgueira e na Greenvita.

A estrutura acionista da Patris Investimentos é constituída por cerca de 30 acionistas. No final de 2021 o Grupo Patris tinha cerca de 150 colaboradores na área financeira, a que se juntam mais cerca de 120 pessoas das empresas não financeiras por si dominadas.

“A Real Vida, detida a 100% pela Patris Investimentos, está já entre as 10 maiores seguradoras no ramo vida risco do mercado português e é a nona maior gestora de fundos de pensões portuguesa. A Patris SGTFC é um dos maiores gestores de fundos de titularização de crédito e a única entidade a gerir um Fundo de Recuperação de Créditos”, relata o relatório.

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