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Filial russa da Google vai declarar falência

A razão apontada para a falência da Google na Rússia foi o congelamento das contas bancárias da empresa pelas autoridades.
20 Maio 2022, 19h00

De acordo com uma notícia da agência Reuters, a filial russa da Google vai declarar insolvência. Em 2021, o negócio da Google na Rússia facturou 143 mil milhões de rublos, o equivalente a mais de 2 mil milhões de dólares e empregava mais de 100 pessoas.

Em Março, depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, a Google suspendeu a venda de publicidade no mercado russo. O YouTube, que pertence à Alphabet, a empresa que detém a Google, também bloqueou a publicidade nos canais ligados às estações de televisão controladas pelo estado russo, tendo mais tarde bloqueado completamente os próprios canais.

Em Dezembro de 2021, a Google foi multada em 7,2 mil milhões de rublos (cerca de 104 milhões de euros ao câmbio de hoje) pelo estado russo, depois de não ter acatado uma ordem para remover da plataforma conteúdo considerado ilegal no país. A multa correspondeu a 8 por cento dos lucros da Google na Rússia.

Ainda segundo a Reuters, um canal de TV russo noticiou que as autoridades arrestaram mil milhões de rublos à Google em Abril, depois de a empresa não ter restaurado o acesso aos canais das estações de TV russas no YouTube.

Numa comunicação da Google que foi publicada no registo financeiro oficial da Rússia, a Google diz:

“Desde Março de 2022, que a Google previu a insolvência e a incapacidade de cumprir as suas obrigações monetárias, pagamentos de indemnizações por despedimentos e os salários das pessoas que trabalham ou trabalharam nos quadros e também a obrigação dos pagamentos obrigatórios.”

Até agora, a Google foi a única grande empresa tecnológica a entrar em insolvência na Rússia, em resultado da invasão da Ucrânia. Outras empresas, como a Apple, Meta e Microsoft suspenderem as operações na Rússia, mas as respectivas sucursais não declararam falência.

Embora a Rússia não tenha banido os serviços da Google no país, baniu o Facebook e o Instagram. Apesar desta situação, a Google assegurou que vai manter os serviços a funcionar no país.

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