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Autoridade da Concorrência multa quatro supermercados e Unilever em 132 milhões de euros

Auchan, E. Leclerc, Modelo Continente, Pingo Doce e Unilever são acusados de terem participado num esquema de fixação de preços de venda ao consumidor.
8 Junho 2022, 18h28

A Autoridade da Concorrência (AdC) anunciou esta quarta-feira que multou em 132 milhões de euros quatro cadeias de supermercados – Auchan, E. Leclerc, Modelo Continente, Pingo Doce – e a empresa Unilever por terem participado num esquema de fixação de preços de venda ao consumidor (PVP) em prejuízo dos compradores.

A investigação da AdC concluir que este grupo de empresas de distribuição, através de contactos estabelecidos através do fornecedor comum de produtos alimentares e cuidado da casa e higiene, asseguraram o alinhamento dos preços de retalho nos seus supermercados, numa conspiração equivalente a um cartel, conhecido na terminologia da concorrência como hub-and-spoke.

As empresas nem precisavam de comunicar entre si para esta operação associada a cartel. “Tal prática elimina a concorrência, privando os consumidores da opção de melhores preços, mas assegurando melhores níveis de rentabilidade para toda a cadeia de distribuição, incluindo fornecedor e cadeias de supermercados”, de acordo com o regulador.

A sanção de mais de 130 milhões de euros é a sétima decisão sancionatória nas investigações conduzidas pela AdC no sector da grande distribuição, após as diligências de busca e apreensão de 2017 que resultaram coimas no valor total de mais de 645 milhões de euros a seis cadeias de supermercados e a sete fornecedores.

A última coima, foi dividida da seguinte forma: Auchan (16,2 milhões de euros), E. Leclerc – Cooplecnorte (2,9 milhões de euros), Modelo Continente – Sonae (50,8 milhões de euros), Pingo Doce – Jerónimo Martins (35,7 milhões de euros) e Unilever (26,6 milhões de euros).

“A AdC determinou que a prática durou quase dez anos – entre 2007 e 2017 – e visou vários produtos do fornecedor das áreas alimentar, cuidado da casa e cuidado pessoal, tais como detergentes, desodorizantes, gelados, molhos e chás”, revela a entidade liderada por Margarida Matos Rosa, em comunicado divulgado aos meios de comunicação social.

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