CFTC acusa empresa de fraude recorde de US$ 1,7 bilhão com bitcoin

Steynberg supostamente disse que os algoritmos da MTI criaram “renda passiva” com 10% de retorno ao mês. A indicação de amigos e familiares rendia um bônus, segundo os documentos. Duas características clássicas de pirâmides financeiras.

A Mirror Trading International, uma companhia da África do Sul, está sendo acusada de uma fraude bilionária e de ter dado prejuízo em mais de 20 mil pessoas ao redor do mundo. Procurado pela Interpol, o CEO da MTI foi preso por autoridades no Brasil e agora será julgado pela justiça de seu país.

A principal autoridade de fiscalização e regulamentação de commodities dos EUA, a CFTC, acusou formalmente a Mirror Trading International, uma operadora de pool de bitcoins com sede na África do Sul, de fraude de US$ 1,7 bilhão em um documento divulgado nesta quinta-feira (30).

De acordo com a CFTC, a companhia, que prometia investir em tecnologia de mineração para dar “valor” ao Bitcoin de seus investidores, era na verdade um esquema global de marketing multinível que “aproveitou indevidamente” de todo capital que acumulou de seus clientes.

O responsável pela MTI é Cornelius Johannes Steynberg, da África do Sul, e o golpe foi descrito pela CFTC como o “maior caso de esquema de fraude envolvendo bitcoin” com o qual a autoridade financeira teve que lidar.

O valor de US$ 1,7 bilhão coloca o golpe como um dos maiores da história das criptomoedas, ficando um pouco abaixo da OneCoin e seus US$ 3 bilhões em prejuízo.

A autoridade descobriu que Cornelius Johannes Steynberg arrecadou 29.421 bitcoins de 23 mil pessoas, além de valores que possam ter sido arrecadados em vários outros países, para o esquema de pool de mineração. Segundo a acusação ele não tinha autorização da autoridade financeira para essa captação de recursos.

O golpe foi descrito como um esquema que convencia as vítimas que elas estavam investindo em um clube de investimentos de alta tecnologia “para aumentar seus bitcoins”, como a própria MTI se promovia.

Steynberg supostamente disse que os algoritmos da MTI criaram “renda passiva” com 10% de retorno ao mês. A indicação de amigos e familiares rendia um bônus, segundo os documentos. Duas características clássicas de pirâmides financeiras.

Golpista bilionário preso no Brasil

Steynberg se tornou um fugitivo internacional com mandato expedido pela Interpol e foi encontrado por agentes de segurança do Brasil e no momento está cumprindo prisão preventiva por ordem do Supremo Tribunal Federal.

segundo informações do Supremo Tribunal Federal, Steynberg está aguardado extradição para a África do Sul, onde será julgado pelo crime de fraude financeira.

Ainda não há informações se ele responderá apenas pelas fraudes contra os cidadãos dos EUA ou se outras jurisdições também vão acusá-lo formalmente.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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