Por g1


Painel da B3 - Bovespa — Foto: Nelson Almeida/ AFP

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, registrou leve alta nesta sexta-feira (1), após ter operarado com instabilidadede durante o dia. O índice acumulou um tombo de mais de 10% em junho, com os investidores monitorando o aumento dos riscos fiscais após o Senado aprovar proposta que libera um gasto bilionário às vésperas da eleição.

O Ibovespa subiu 0,42%, a 98.954 pontos. Na mínima do dia, chegou a 97.231 pontos. Veja mais cotações.

Na quinta-feira, a Bolsa fechou em queda de 1,08%, a 98.542 pontos. Com o resultado, acumulou um tombo de 11,50% em junho, no pior resultado mensal desde março de 2020. Além disso, a bolsa passou a acumular queda de 5,99% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Na cena local, o Senado aprovou na quinta-feira a PEC (proposta de emenda à Constituição) que libera R$ 41 bilhões em gastos a pouco mais de três meses das eleições. A proposta segue agora para a Câmara dos Deputados. Se aprovada pelos deputados, seu impacto nos cofres públicos pode chegar a R$ 41,2 bilhões.

Apelidada de "PEC Kamikaze", ela reacendeu temores fiscais e de uma pressão ainda maior nos juros e inflação. Analistas apontam também que a proposta é uma forma jurídica de tentar burlar a lei eleitoral.

Na agenda de indicadores, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), subiu 1,83% em maio. No acumulado em 12 meses, a chamada inflação de “porta de fábrica”, sem impostos e fretes, atingiu 19,15%. Vinte e uma das 24 atividades acompanhadas pelo IPP tiveram aumento de preços em maio.

Além disso, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), subiu 2,9% de maio para junho, atingindo 80,2 pontos. Com o aumento, o indicador registrou maior patamar desde maio de 2021 (81,7 pontos).

Na comparação com junho de 2021, houve expansão de 18,8% do ICF. Para a confederação, ações de suporte à renda bem como evolução positiva do mercado de trabalho ajudaram a compor o resultado favorável em junho.

No exterior, o viés era de baixa nos principais mercados acionários diante dos temores de uma recessão global e com a expectativa de uma alta mais agressiva dos juros nos EUA e Europa para frear a inflação desenfreada.

A inflação da zona do euro atingiu mais um recorde em junho, chegando a 8,6% em 12 meses, reforçando a expectativa de alta maior dos juros.

Os preços do petróleo tinham alta acima de 2% nesta sexta, enquanto que os do minério de ferro e do aço fecharam em queda nos mercados asiáticos.

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