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Polícia prende dono e funcionários de café onde morreram 21 jovens na África do Sul

JM-Madeira

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Data de publicação
13 Julho 2022
12:18

A polícia sul-africana anunciou hoje a prisão do proprietário e de dois funcionários do café clandestino onde 21 adolescentes morreram no final de junho, no sudeste do país, por violarem as leis sobre a venda de álcool.

As detenções ocorreram depois de o conselho provincial que regulamenta a compra e venda de álcool na província do Cabo Ocidental, onde ocorreram os factos, ter apresentado queixa pela tragédia.

Em comunicado divulgado hoje, a polícia sul-africana explicou que as detenções ocorreram entre o passado fim de semana e esta terça-feira, e que as acusações contra os detidos incluem a violação da proibição de venda de álcool a menores.

As forças de segurança da África do Sul, no entanto, ainda não esclareceram as circunstâncias em que as mortes ocorreram depois de duas semanas e meia de investigações.

"Como dissemos no início, a investigação está em andamento e deve ser tratada com extremo cuidado e sabedoria para que possamos alcançar os resultados desejados", afirmou o tenente Nomtheleli Mene no comunicado da polícia.

Na nota esclarece-se que, uma vez concluído o trabalho forense, os resultados serão divulgados às famílias, mas que não há "novos avanços" neste momento.

A tragédia ocorreu na noite de 25 para 26 de junho, num local conhecido como Enyobeni Tavern, na cidade de East London.

A polícia dirigiu-se para o local, após receber chamadas de alerta e encontrou 17 corpos sem vida no local, além de uma grande quantidade de garrafas de álcool espalhadas por vários sítios.

As restantes vítimas mortais ainda foram transportadas com vida para o hospital, mas acabaram por falecer em centros médicos próximos ou durante o transporte para as unidades de saúde.

Assim, no total morreram 21 pessoas, a maioria com menos de 18 anos e a mais jovem com apenas 13 anos.

As primeiras hipóteses apontavam para uma possível debandada, mas os investigadores descartaram esta possibilidade, por não terem encontrado lesões nos cadáveres que coincidam com essa causa.

Na imprensa local, nos primeiros dias após a tragédia, declarações da polícia apontavam para hipóteses de embriaguez.

A tragédia de East London provocou uma forte comoção no país e na semana passada foi organizado um funeral conjunto com a presença do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.

A Polícia investiga os casos como incidentes criminais, mas a sucessão de tragédias recentes reavivou o debate sobre o grave problema da insegurança no país e sobre o consumo de álcool.

Lusa

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