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Novobanco emite dívida de 5 mil milhões e Moody’s atribui rating

A nova atribuição de rating segue-se à criação do programa de Euro Medium Term Notes (EMTN) do Novobanco, no valor de 5 mil milhões de euros, com a data de hoje, 1 de Setembro de 2022, ao abrigo do qual o banco emitirá dívida sénior sem garantia, dívida júnior não garantida e dívida subordinada designadas como “Senior Preferred Notes”, “Senior Non-Preferred Notes” e “Tier 2 Notes”, respectivamente.
1 Setembro 2022, 20h14

A Moody’s Investors Service (Moody’s) atribuiu hoje classificações aos programas de dívida sénior sem garantia EMTN (Euro Medium Term Note), e dívida júnior sem garantia [ambas em (P)B3] e ainda o mesmo rating (P)B3 à dívida subordinada do Novobanco.

A nova atribuição de rating segue-se à criação do programa de Euro Medium Term Notes (EMTN) do Novobanco, no valor de 5 mil milhões de euros, com a data de hoje, 1 de Setembro de 2022, ao abrigo do qual o banco emitirá dívida sénior sem garantia (senior unsecured debt), dívida júnior não garantida (junior senior unsecured debt) e dívida subordinada designadas como “Senior Preferred Notes”, “Senior Non-Preferred Notes” e “Tier 2 Notes”, respectivamente.

Todas as outras notações e avaliações permanecem inalteradas, diz a agência.

A Moody’s explica que os ratings (P)B3 atribuídos ao programa EMTN refletem o rating de Adjusted Baseline Credit Assessment (BCA Ajustado) – Avaliação de Crédito de Base Ajustada – do banco que está em b2; e o resultado da análise da Moody’s ao Advanced Loss Given Failure (LGF), que mede o risco da elevada perda por incumprimento da para dívida sénior sem garantia, da dívida júnior sem garantia e da dívida subordinada em caso de falência do banco, “levando-nos a posicionar esses ratings num grau abaixo da Avaliação de Crédito de Base Ajustada. A Moody’s destaca ainda “uma baixa probabilidade de suporte do governo, o que explica que não haja nenhuma subida do rating”.

“A avaliação de Crédito de Base Ajustada (BCA) do Novobanco em b2 reflecte a melhoria do perfil de risco de crédito do banco em resultado da contínua redução do risco do seu balanço e da significativa reestruturação das suas operações nos últimos anos. Em particular, reflecte a melhoria significativa da métrica da qualidade dos activos do banco, embora ainda fraca; a sua modesta capacidade de absorção de riscos; e os seus níveis de rentabilidade melhorados.

A Moody’s lembra ainda que o Novobanco está sujeito ao regime europeu de resolução bancárias com base na aplicação da Directiva de Recuperação e Resolução de Bancos (BRRD).

Ao abrigo deste regime, o banco foi estabelecido um requisito intermédio de MREL de 17,66% do seu montante total de exposição ao risco (TREA) a partir de 1 de Janeiro de 2022 e um requisito final de 23,16% mais o requisito de buffer combinado de capital que for aplicável e que deve ser cumprido a partir de 1 de Janeiro de 2026.

“Um volume adicional de instrumentos subordinados, implicando maior protecção para mais credores séniores e uma perda menor em caso de resolução, poderia levar a um upgrade das notações do programa”, diz a agência de rating.

A Moody’s diz ainda que a classificação do BCA Ajustado do banco poder ser melhorada se o Novobanco continuar a fazer progressos na redução do seu stock de activos problemáticos e na melhoria do seu capital e métricas de rentabilidade.

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