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Filipe Sousa acusa Governo Regional de "incongruências" e "malabarismo político" na questão da taxa turística

JM-Madeira

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Data de publicação
27 Setembro 2022
11:14

O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Filipe Sousa, comparou duas citações do secretário Eduardo Jesus, acerca das taxas turísticas, para acusar o GR de "incongruências" e "malabarismo" político.

"8 de novembro de 2019, Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo: «É uma tendência inevitável a existência das taxas turísticas", até porque "temos verificado que as mesmas acontecem em praticamente todos os destinos». 27 de setembro de 2022, Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo: «Santa Cruz tem uma taxa turística, cobra dinheiro e não a aplica no setor. Esse mau exemplo prejudica a imagem da Madeira»", socorreu-se o edil de Santa Cruz destas duas citações para, no seu entender, "ver a fibra" do Governo de Albuquerque.

"Além da mentira subjacente de vir afirmar o que não sabe, quando nos acusa de cobrarmos a taxa e não investirmos no setor, há a desonestidade de dividir as taxas entre boas e más. Sendo as boas as do Governo, quando taxa percursos turísticos públicos, e as más as de Santa Cruz, quando faz o que já se faz em todo o mundo civilizado, e faz, inclusive, o que o Governo Regional já quis fazer mas não teve coragem política para avançar", começa por expor Filipe Sousa.

"Quanto a investimento no setor, diga-se logo que investir no setor cabe aos investidores do setor e ao Governo. Quanto a investimento público que beneficia o setor, papel que cabe a uma autarquia, recorde-se o investimento na recuperação das redes de água e saneamento, nas estações elevatórias, na requalificação urbana, nomeadamente de áreas turísticas como os Reis Magos e o Largo da Achada, na eficiência energética e na criação de cartazes próprios como o Santa Cruz em Flor e o Natal em Santa Cruz. Afirmar o contrário é desonesto e mentiroso. Quanto a prejudicar a imagem da Madeira, o que prejudica turistas e madeirenses é esta política do Governo Regional e estes políticos que nos governam e que não conseguem reverter os níveis de pobreza, as listas de espera na saúde, o custo dos transportes aéreos e marítimos. Incapacidades crónicas com implicações diretas no custo de vida e na qualidade e competitividade do destino Madeira", fundamenta.

"Além disso, recorde-se que a taxa turística já tinha sido analisada no ano 2015 pelo Governo Regional. Estudo no qual foram gastos 50 mil euros ao erário público, sem qualquer resultado. Estudo cujas conclusões determinavam que o caminho seria taxar as dormidas e não os percursos turísticos como agora estão a fazer. Pensamos que em matéria de vergonha estamos conversados. De resto, acreditamos que a Madeira já tem saudades da coragem do Dr. Eduardo Jesus das Conferências Anuais do Turismo. Esse sim com visão, com ideias próprias, com projetos próprios e com convicções sérias. O atual Dr. Eduardo Jesus nem parece estar em si. E se calhar não está. Está no Governo e a agenda política e proximidade de eleições operam tristes milagres e falsas visões", conclui o autarca em nota enviada às redações.

Romina Barreto

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