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Bankinter prevê "grande futuro" mas exclui novas aquisições no país

A presidente do banco espanhol Bankinter manifestou hoje "enorme satisfação" com a evolução do negócio em Portugal, para o qual prevê "um grande futuro", mas reafirmou que o crescimento previsto é "orgânico" e excluiu novas aquisições no país.

Bankinter prevê "grande futuro" mas exclui novas aquisições no país
Notícias ao Minuto

11:55 - 20/10/22 por Lusa

Economia Bankinter

"Estamos enormemente satisfeitos com a evolução do negócio [em Portugal]. Vai terminar o ano com um lucro antes de impostos superior a 60 milhões de euros, já que está a crescer em todos as rubricas de receitas. São muitíssimo consistentes e cumpridores dos planos que apresentam", afirmou Maria Dolores Dancausa em conferência de imprensa em Madrid, durante a qual o banco apresentou um lucro líquido global de 430,1 milhões de euros até setembro, mais 21,2% do que no período homólogo.

Antecipando "um grande futuro" para o banco em Portugal, a presidente do Bankinter ressalvou, contudo, que o crescimento previsto "é orgânico": "Não temos em vista nenhuma operação, porque cremos que, organicamente, já estamos a crescer a níveis satisfatórios e temos potencial para continuar a fazê-lo", sustentou.

Num comunicado divulgado hoje com os resultados do grupo nos primeiros três trimestres do ano, o Bankinter destaca o crescimento da atividade comercial do Bankinter Portugal, com uma carteira de crédito a crescer 13%, para 7.700 milhões de euros, e os recursos de clientes a crescerem 12%, para 6.300 milhões de euros, tendo obtido um resultado antes de impostos de 54 milhões de euros, mais 33%" do que nos primeiros três trimestres de 2021.

Segundo o banco, as rubricas da conta de resultados em Portugal registam todas "melhorias importantes: mais 21% na margem de juros, mais 16% na margem bruta e um resultado antes de provisões 30% superior ao de há um ano".

O Bankinter está em Portugal desde 2016, quando comprou parte da atividade e a rede comercial do Barclays.

"Depois dos seis anos decorridos desde a aquisição, o Bankinter Portugal mostra agora um rácio de eficiência de 50,4% e, tendo em conta que em 2026 era superior a 100%, há que entender que o comportamento desta filial é absolutamente magnífico", sustentou Maria Dolores Dancausa.

O rácio de eficiência, ou 'cost-to-income', é uma medida da eficiência dos bancos tendo em conta os custos operacionais face às receitas, sendo a performance da instituição tanto melhor quanto mais baixo for este rácio.

O grupo bancário espanhol Bankinter teve lucros líquidos globais de 430,1 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 21,2% do que nos mesmos meses do ano passado, anunciou hoje a entidade.

O banco diz que os lucros globais de todo o grupo registados até setembro já superam os resultados de 2021 se for excluído o impacto das mais-valias da alienação, com a entrada na bolsa de Madrid, em abril do ano passado, da Línea Directa, que era a filial de seguros do Bankinter.

Os resultados do ano passado, sublinha o banco, incluíam ainda quatro meses de receitas da Línea Directa, que este ano já não existiram.

Assim, o resultado líquido no final do terceiro trimestre foi de 430,1 milhões de euros, mais 21,2% do que no mesmo período de 2021, e "o resultado antes de impostos da atividade bancária foi de 601,6 milhões de euros", mais 35,9% do que no ano passado, segundo a comunicação de hoje do Bankinter.

"O Grupo Bankinter conclui o terceiro trimestre de 2022 com um forte crescimento do balanço e de todos os indicadores de negócio, como consequência de uma atividade comercial que mantém o bom ritmo do exercício e que se traduz na melhoria de todas as margens e do respetivo resultado", lê-se no comunicado distribuído pelo banco espanhol.

O Bankinter destaca "a boa evolução das diferentes linhas de negócio" e o "crescimento em todas as rubricas da conta de resultados", com aumentos de 11,6% na margem de juros, de 6,7% na margem bruta e de 8% na margem de exploração antes de provisões.

Além disso, tanto o crédito a clientes como os recursos de retalho "crescem a dois dígitos", 10,3% e 10,4%, respetivamente, considerando o banco que estas taxas refletem "a dinâmica comercial num contexto complexo".

A rentabilidade do grupo, medida em termos da designada ROE (rentabilidade sobre capitais próprios), situa-se nos 11,6%, "valor que está entre os mais elevados do setor", enquanto a solvência, medida pelo "rácio de capital CET1 fully loaded", alcança os 11,90%, "superando muito folgadamente o requisito mínimo exigido pelo Banco Central Europeu (BCE) para uma entidade com o nível de risco e o tipo de atividade do Bankinter, que é de 7,726%", segundo o mesmo comunicado.

Quanto à liquidez, o Bankinter tem um volume maior de depósitos de clientes do que de créditos, com um rácio de 106,1%.

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