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Goldman Sachs reforça presença em Milão e desfalca Londres

Bancos financeiros têm reforçado presença noutras cidades da União Europeia desde o Brexit.

Bloomberg
Sílvia Abreu silviaabreu@negocios.pt 29 de Novembro de 2022 às 11:22
O Goldman Sachs vai deslocar alguns dos seus escritórios de negociação de swaps do euro de Londres para Milão, avança a Bloomberg. O banco de investimento norte-americano é assim a mais recente de várias instituições a retirar funcionários do Reino Unido desde o Brexit.

O grupo irá relocalizar os trabalhadores à medida que reforça os escritórios na Europa, devendo esta mudança ocorrer no inicio do próximo ano, segundo revelaram fontes familiarizadas com o tema ao meio de comunicação norte-americano. O Goldman Sachs deverá ainda proceder a contratações locais. 

O grupo financeiro recusou, contudo, fornecer detalhes sobre o número de pessoas que passará do escritório de Londres para Milão. 

A pressão sobre os bancos para mobilizar os escritórios de trading de Londres para cidades europeias tem aumentado, estando centros financeiros como o de Milão, Paris ou Amesterdão a beneficiar. Em maio, o Banco Central Europeu (BCE) disse que os bancos de investimento na Zona Euro estão ainda muito dependentes de operações fora da região.

"Devido a alterações no enquadramento regulatório, Milão é agora mais amigável para os mercados de capitais", disse Russel Clarker, da Figtree Search em Londres, em declarações à Bloomberg.

O Goldman Sachs não é caso único, com o JPMorgan Chase a empregar cerca de 200 pessoas em Itália, tendo neste momento processos de recrutamento a decorrer. Também o Citigroup tem vindo a alargar o número de funcionários em Itália desde 2018, empregando agora cerca de 230 pessoas no país. 

Na passada semana, a bolsa de Paris destronou a bolsa de Londres como a mais valiosa da Europa. Foram vários os fatores que levaram ao desfecho, mas o Brexit e o "furacão Truss" são dois dos motivos que o explicam.
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