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Ouro prestes a brilhar como não era visto desde maio do ano passado

A expectativa em torno de um possível abrandamento da subida da taxa de juro de referência nas próximas reuniões da Fed a par das mais recentes notícias sobre a "política zero covid-19" na China encheram os investidores de otimismo, penalizando o dólar e beneficiando o metal amarelo.

Bruno Colaço
Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 30 de Novembro de 2022 às 16:58

O ouro prepara-se para encerrar novembro como o melhor mês desde maio do ano passado, impulsionado pela queda do dólar, o qual por sua vez foi pressionado pela expectativa de abrandamento do ritmo da subida da taxa de juro de referência nos EUA.

 

Já nos últimos dias, a subida do metal amarelo foi também sustentada pelas declarações da Administração Nacional chinesa de Controlo e Prevenção de Doenças. Depois dos protestos por todo o país contra a política "zero covid-19" de Pequim e no habitual "briefing" semanal, o organismo assegurou que vai calibrar esta política de forma a reduzir o impacto na sociedade e economia.

 

O ouro segue a ganhar 0,11% para 1.751,79 dólares por onça. O ouro promete terminar novembro com uma subida mensal de 7%, após sete meses consecutivos de perdas, motivados pelo ciclo de subida dos juros diretores nos EUA, o que deu força ao dólar.

 

O "rally" da nota verde pressiona as matérias-primas denominadas em dólares já que penaliza os investidores que negoceiam com outras moedas.

 

Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força do "green cash" contra 10 divisas rivais – avança 0,11% para 106,93 pontos, depois de recuar pressionado pelos números da criação de emprego que abrandaram em novembro como não era visto há quase dois anos. Porém, a nota verde acabou impulsionada pela revisão em alta do PIB dos EUA.  

 

Já no acumulado de novembro, o indicador de força do dólar está prestes a registar o pior mês desde 2009. As atenções estão agora centradas noo discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, fala esta quarta-feira no âmbito de um evento da Brookings Institution.

 

As atas da Fed referentes à última reunião de política monetária apresentam sinais de um possível abrandamento do ritmo da subida dos juros diretores, no entanto, nos últimos dias vários membros do banco central, incluindo a vice-presidente Lael Brainard, têm alertado que ainda há muito trabalho a fazer para reduzir a inflação para a meta dos 2%.

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