Movimento do Bitcoin traz esperança para traders, mas não é sinal de retomada de alta

Principal criptomoeda em valor do mercado voltou a ser negociada acima dos US$ 17 mil

CoinDesk

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É inverno cripto, mas os traders de criptomoedas estão indo às compras. E por que não, já que o Bitcoin (BTC) saltou recentemente 10% para mais de US$ 17 mil, apesar dos temores persistentes de contágio da quebra da FTX e do pedido de falência do credor cripto BlockFi?

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, sinalizou na quarta-feira (30) que o banco central pode desacelerar o ritmo dos aumentos das taxas de juros sugadores de liquidez a partir de dezembro. Indicadores populares de análise técnica sinalizam o esgotamento da tendência de baixa no BTC, a criptomoeda líder em valor de mercado.

Alguns especialistas, no entanto, pediram cautela, pois a ação do preço do Bitcoin ainda não satisfez todas as condições necessárias para confirmar um fundo do mercado de baixa e uma retomada da alta.

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“Como vimos três tentativas este ano que acabaram falhando, precisamos esperar que os preços do Bitcoin fiquem acima de sua média móvel de 21 semanas (US$ 20.851) para pedir uma alta sustentável e uma baixa cíclica”, disse Markus Thielen, chefe de pesquisa e estratégia do provedor de serviços cripto Matrixport.

O Bitcoin caiu da média móvel de 21 semanas no início de novembro e encostou na mínima de dois anos na Coinbase – US$ 15.460. A tentativa do final de março de reduzir a média também abriu caminho para um sell-off mais profundo.

Portanto, um movimento convincente acima da média é necessário para confirmar um fundo.

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De acordo com Caleb Franzen, fundador da empresa de pesquisa e boletim informativo Cubic Analytics, um renascimento do touro (mercado de alta) seria confirmado assim que o Bitcoin imprimisse uma vela positiva “Heikin Ashi” no gráfico mensal.

O Heikin Ashi é um método japonês de análise gráfica. As velas, por sua vez, são representações gráficas que mostram os preços de um ativo.

Tanto as velas dessa técnica oriental ou outro modelo de análise mais tradicional são construídas usando os preços de abertura, alta, baixa e fechamento de um ativo para um período específico. O Heiken Ashi, no entanto, é uma versão média das velas tradicionais. Portanto, ele ajuda a reduzir o ruído e facilita uma melhor medição das reversões de tendência.

“Depois de mais de cinco meses de velas vermelhas, uma vela mensal verde [historicamente] marcou o fim de cada mercado de baixa”, Franzen tuitou na segunda-feira (28), pedindo paciência por parte dos touros enquanto o BTC produzia sua 12ª vela vermelha mensal consecutiva de Heikin Ashi. em novembro.

A última faixa vermelha no gráfico mensal do Heiken Ashi é a segunda mais longa já registrada. O Bitcoin produziu 14 velas vermelhas retas de fevereiro de 2018 a março de 2019 antes de confirmar um renascimento do touro com uma vela verde em abril de 2019.

No momento da redação deste texto, a moeda digital criada por Satoshi Nakamoto era negociada a US$ 17.080, com uma queda de 0,5% no dia.

O gráfico semanal da criptomoeda mostra uma divergência de alta do Índice de Força Relativa (IFR), uma ferramenta popular de análise técnica usada para avaliar as condições de sobrecompra e sobrevenda.

Uma divergência de alta ocorre quando o RSI não confirma uma nova baixa do preço cíclico. Em outras palavras, enquanto o preço cai, o RSI permanece estável ou sobe.

Analistas gráficos e traders consideram isso um sinal precoce de uma mudança de tendência positiva iminente.

“É interessante notar que o índice de força relativa atingiu o pico já em janeiro de 2021 para este ciclo e não confirmou o segundo topo do Bitcoin em 2022. Agora, este indicador também sinaliza que a desaceleração pode ter ocorrido totalmente”, disse Thielen em uma nota enviada para clientes na quarta-feira (30).

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