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IMF – Dólar valorizou cerca de 6% em 2022

PIB do Canadá subiu em outubro; Eur/Cad termina ano neutro; Alemães esperam recessão ligeira; Dólar valorizou cerca de 6% em 2022; Petróleo com variação anual positiva; Ouro acima dos $1800

| PIB do Canadá acelerou 0,1% em outubro; Eur/Cad termina ano neutro

Em 2022, o câmbio Eur/Cad apresentou uma queda acentuada até setembro, momento em que inverteu a tendência e apresentou uma recuperação rápida, ao ponto de conseguir terminar o ano com uma variação anual próxima do neutral. Adicionalmente, é de referir que recentemente a Agência Nacional de Estatística do Canadá divulgou que a economia cresceu 0,1%, em cadeia, em outubro - um abrandamento face à revisão em alta do crescimento durante o mês de setembro de 0,2% face aos 0,1% estimados anteriormente. É esperada uma aceleração de 0,1%, em cadeia, para a economia em novembro. Pode-se considerar que esta revisão em alta e o crescimento modesto de outubro levam a que o PIB do quarto trimestre necessite de se apresentar acima das estimativas do Banco do Canadá (BoC) para que as mesmas sejam atingidas. Destaque para o facto de, ao longo do ano, o BoC ter subido as suas taxas de juro em 400 pontos base, alcançando um nível de 4,25%, de forma a combater a inflação, que se situa bastante acima da sua meta de 2%.

Em termos técnicos, podemos observar que o par apresentou uma tendência de queda acentuada desde o início de 2022, transacionando dentro de um canal descendente (vermelho). No entanto, em meados de setembro, o par quebrou em alta o limiar superior de tal canal, valorizando de forma acentuada desde então, ao ponto de terminar o ano com uma variação anual quase nula. Espera-se que em 2023 o par continue a ganhar terreno.

| Empresários alemães esperam recessão ligeira em 2023; Dólar valorizou em 2022

O ano de 2022 foi de valorização de cerca de 6% para o dólar, sendo este ativo de refúgio enquanto as principais economias a nível mundial enfrentavam diversos desafios, como a luta contra a inflação elevada, impulsionada pelo crescimento dos preços da energia devido à invasão da Rússia à Ucrânia no início do ano. Para 2023, no caso da Alemanha, um dos países mais afetados pela crise energética europeia, um relatório publicado pela Federação Alemã do Comércio (BGA) indicou que os exportadores alemães têm expectativas modestas, antecipando problemas nos principais clientes chineses devido ao recente pico de infeções por Covid-19 e à subida dos preços, tendo tornado os compradores mais cautelosos. No entanto, os empresários alemães apresentam-se erelativamente otimistas, visto esperarem uma recessão apenas "ligeira" no próximo ano, indicando ter havido sinais crescentes de que a economia alemã poderá evitar o pior. A inflação abrandou ligeiramente para 11,3% em novembro, de um máximo de 11,6% no mês anterior, à medida que os preços da energia diminuíam. O governo alemão previu um crescimento da economia de 1,4% este ano e uma contração de 0,4% no próximo ano.

A nível técnico, ao longo do ano, o Eur/Usd apresentou uma tendência de queda impulsionada pela valorização do dólar, tendo, a partir de meados de setembro, apresentado uma valorização que inverteu a tendência marcada no ano corrente. Assim, espera-se que, em 2023, o par continue a valorizar, ao ponto de quebrar em alta a próxima resistência nos $1,08.

| Petróleo com variação anual positiva

Na semana passada, os preços do crude recuaram após o mesmo ter falhado o teste à resistência dos $80/barril. É de salientar que a valorização observada no primeiro semestre de 2022, impulsionada pela invasão da Rússia à Ucrânia, foi contrabalançada pela desvalorização da mercadoria observada no segundo semestre, enquanto as subidas das taxas de juro por parte da Fed e a valorização do dólar tornaram o petróleo mais caro para os detentores de outras moedas. No entanto, o petróleo ainda foi capaz de apresentar uma ligeira variação anual positiva.

A nível técnico, na última semana, o crude valorizou ao ponto de realizar um teste à resistência dos $80, tendo recuado após o ter falhado. Espera-se que no curto prazo, o "ouro negro" realize novamente um teste ao nível supramencionado. Espera-se que, caso seja bem-sucedido, espera-o petróleo continue a valorizar. É de mencionar que ao longo do ano de 2022, os preços máximos e mínimos atingidos foram de $130 e $70, respetivamente.

| Ouro acima dos $1800 por onça

O preço do ouro apresentou uma tendência de queda desde o início do ano, até a ter quebrado em meados de novembro, apresentando desde então uma valorização sustentada. O que impulsionou a queda do metal precioso foram as diversas escaladas das taxas de juro por parte da Fed e o fortalecimento do dólar. Por sua vez, recentemente, as expectativas de um abrandamento do ritmo de subida das taxas de juro e um enfraquecimento do dólar levaram à inversão da tendência.

No início da semana passada, o ouro superou o teste à resistência dos $1 800 por onça, tendo valorizado de forma sustentada durante o resto da semana. Assim, espera-se que tal resistência se torne um novo suporte para o metal precioso, impulsionando o mesmo para valorizar mais em 2023.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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